domingo, 17 de agosto de 2014

O valor da família

Neste últimos dias houve uma comoção nacional pela morte de Eduardo Campos e de sua equipe. Não é de se estranhar. O presidenciável esteve em entrevista no Jornal Nacional, na noite anterior à tragédia e à sua morte. Sim, fiquei abalada e triste, não porque morria um grande político ou porque ele possivelmente faria diferença no futuro político da nação. Fiquei abalada e triste pela morte do filho, do marido e do pai. Da mesma forma como fiquei abalada e triste pela morte de Dr Marcos Araújo, pela morte do filho, do marido e do pai. Qual a semelhança nisto tudo? Será que a comoção maior vem pela morte do grande médico ou político, ou pela morte de dois chefes de família. 

O que vemos da história de Eduardo Campos, pela comoção de sua esposa e filhos, pela declaração apaixonada que os filhos fizeram dias antes do acidente pelo dia dos pais, é que ele era, antes de qualquer coisa, um homem que prezava pela sua família. Não o conheci, tão pouco sua mulher e filhos, e talvez seja fácil achar que tudo corria bem, mas pelo que vi nos últimos dias, creio que sua família era, sim, muito bem estruturada.

O que eu realmente acho que comoveu fortemente o país foi a morte de um pai de família. Mas por que? Porque a nossa sociedade hoje carece deste princípio básico. A família é o início de tudo e é a menor e mais importante estrutura da qual fazemos parte. Não se constrói um país forte com famílias destruídas. O futuro de muitos dos jovem frutos de lares e famílias conturbadas é, muitas vezes, um futuro de frustrações. Jovens que não acreditam no outro, por terem seus laços enfraquecidos; jovens que não entendem de amor, porque não foram amados. A destruição dos laços familiares, a falta de amor nos lares muito provavelmente é a principal causa dos males que vemos no Brasil e no mundo. Aqueles que não obedecem seus pais, possivelmente serão aqueles que também infringirão as leis do Estado; aqueles que não respeitam seus pais, tão pouco serão capazes de respeitar o próximo; aqueles que foram agredidos, possivelmente virão a se tornar agressores; aqueles que não foram amados, perdem, muitas vezes, a capacidade de amar.

O que Eduardo Campos deixou de legado para minha vida foi o exemplo da família que ele construiu. Eu acredito e sou completamente apaixonada por esta instituição. Não acredito que Eduardo Campos era o futuro da nação. Acredito que famílias, como a dele, são o futuro da nação.

Creio e oro para que a família dele "sobreviva" a esta tragédia. Que a morte não seja a quebra do elo que os une e, sim, a força que o mantém. Da mesma forma como a morte de Catarina, naturalmente, nos trouxe a maior e pior das dores, o que nos fez caminhar e "sobreviver" foi, sem dúvida nenhuma, esta instituição preciosa, que é a família. 

Cuide da sua família, ela é o que há de mais precioso na sua vida e a certeza de que através dela podemos construir um futuro melhor.   

"Não vamos desistir do Brasil", mas, antes disso, não podemos desistir das nossas famílias.   


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