quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Porque 28 anos não são 28 dias

Não tenho como começar o post de hoje com uma música mais adequada:

"Viver e não ter a vergonha de ser feliz. Cantar e cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz. Ah meu Deus! Eu sei, eu sei. Que a vida devia ser bem melhor e será. Mas isso não impede que eu repita: É bonita, é bonita e é bonita..." (Gonzaguinha)

Viver 28 anos não é uma caminhada longa em si, mas o tanto de experiências que pude vivenciar até aqui, me transformaram no que sou hoje. E posso dizer tranquilamente que sou uma mulher realizada. Pode até parecer estranho ou falta de humildade, mas me alegro muito pelo que vivenciei e pela pessoa que me tornei. Infelizmente, crescemos muito mais na dor do que no amor. E para as dores temos duas opções: sucumbir ou fazer delas o trampolim para o nosso crescimento. Meus 28 anos de vida foram, sem dúvidas, muito mais cheios de amor do que de dor. Mas existem dores tão profundas, que geram cicatrizes tão mais profundas, e que são responsáveis por mudar nossa essência.

Eu não sou uma pessoa fácil, reconheço isso tranquilamente e sei que entristeci e magoei muitos dos que passaram pela minha vida. Mas, pelos tantos que permaneceram, creio que gerei mais alegrias do que dores. 

Acho que toda mulher que gera um filho dentro de si é transformada, independente de qualquer coisa. A gestação traz, junto com ela, muito ansiedade e muito medo, mas também muita força. A morte traz, junto com ela, uma dor infinita e uma tristeza avassaladora, mas também muito crescimento e amadurecimento.

A gravidez fez surgir em mim um amor infinito e a morte um crescimento e uma força sem iguais. Somos transformados pelo amor, mas crescemos na dor. Com humildade, me alegro pela pessoa que me tornei. Alguém que entendeu que longe da presença de Deus não há vida; alguém que tem tentando semear amor na vida do próximo e tem colhido estes frutos; alguém que passou a olhar a vida com mais carinho e aprendeu a sorrir para as dores e a valorizar os detalhes.

Sou uma menina mulher de riso fácil; que fala alto, mas que hoje procura palavras mais doces; que tem em si uma força para enfrentar qualquer obstáculo; uma alegria de viver que muitas vezes constrange. Pode até lhe parecer estranho, mas, todas as vezes que sorri, mesmo diante de toda a dor, o sorriso foi sincero. Estou muito longe da plenitude que gostaria de alcançar como pessoa, muito longe de chamá-los para serem meus imitadores como eu sou de Cristo. Mas, sigo em frente, sabendo que Jesus é o meu alvo. 

Eu vivo e não tenho absolutamente nenhuma vergonha de ser feliz. Eu canto, porque a música arranca de nós as dores. Eu sigo, sendo uma eterna aprendiz. Ah meu Deus, eu sei que a vida devia ser bem melhor e será, mas isso depende de mim, das minhas escolhas e da minha fé e não impede que eu repita: É BONITA, É BONITA E É BONITA..." (Assim mesmo em letras garrafais).  

Sou muito feliz e realizada e nunca me canso de agradecer a Deus e a cada um de vocês que tem contribuído para esta felicidade!

À Deus. Ao meu marido. À minha filha. Aos meus pais. Aos meus irmãos e cunhados. Aos meus demais familiares. Aos meus amigos. À todos aqueles que passaram pela minha vida e fizeram a diferença. Pode parecer hipocrisia, mas definitivamente nada pode fazer o dinheiro, quando não temos quem amamos ao lado (e eu bem sei disso).

E vou vivendo a cantar para a vida, que ela é bonita, é bonita e é bonita!

Porque 28 anos não são 28 dias! E que os próximos 28 anos sejam ainda mais bonitos.

Obrigada! 

E eu sempre me encanto com a beleza das flores e com a beleza da vida 

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